Promised Valley Conference Center de Mickaël de Oliveira
em criação
Um grupo de teatro universitário cristão prepara-se para participar num festival ecuménico nos Estados Unidos, onde apresentará uma versão inglesa d'As Barcas de Gil Vicente. Liderados por um casal de professores, os jovens atores mergulham em intensos debates sobre moralidade, a dicotomia entre o bem e o mal, e questões de cariz bíblico e filosófico que emergem do texto encenado.
No entanto, o caminho para o Promised Valley Conference Center é interrompido por uma tragédia inesperada, que obriga o grupo a enfrentar, de forma prática, os dilemas éticos e espirituais que até então eram apenas teóricos. Entre fé e dúvida, amor e culpa, os personagens confrontam os limites das suas convicções e a complexidade do humano.
Com uma abordagem que cruza realismo e dispositivos cinematográficos, Promised Valley – Conference Center reflete sobre os alicerces morais da sociedade ocidental, revisitando tanto os textos fundadores do pensamento religioso como ensaios contemporâneos que exploram a persistente questão do mal.
Trilogia Pequenos Males [2024-2027]
Na medicina, a expressão Pequeno Mal descreve uma forma menor de epilepsia, caracterizada em particular por ausências com curtas perdas de consciência, que podem decorrer de forma discreta, passando despercebidas a qualquer observador. Não é por acaso que a expressão dá o título à trilogia ao procurar retratar o mal em circunstância de disrupção e falha que reconfiguram a percepção entre o bem e mal. Pequeno Mal é uma trilogia que reflete sobre a contemporaneidade do «mal» e das suas representações: na dimensão política (Crocodile Club, 2024-25), nas dimensões religiosa e pedagógica (Promised Valley - Conference Center, 2025-26) e ainda na dimensão artística (Adaptação, 2026-2027). Os três espetáculos conjugam-se em torno do tema mas também de uma mesma intermidialidade assente no diálogo entre teatro e cinema, com a montagem cinematográfica como dispositivo central para a composição das narrativas em palco.
Texto, encenação e realização
Mickaël de Oliveira
Assistente de encenação e direção de produção
Gabriela Cavaz
Interpretação
Bárbara Branco, Joana Santos, Luís Araújo, Afonso Santos e outros intérpretes a definir
Cenografia e figurinos
Pedro Azevedo
Desenho de Luz
Rui Monteiro
Sonoplastia e composição
Rui Lima e Sérgio Azevedo
Realização e edição
Fábio Coelho
Apoio à investigação
Filipe Vale Costa (Saudade Theatre, EUA)
Produção
Héloïse Rego e Maria Calão
Fotografias
Bruno Simão
Produção
Colectivo 84
Apoio
Ministério da Cultura | Direção Geral das Artes
Duração c. 90 min.
M/16