© Bruno Simão
"A sombra escapa do corpo como um animal que abrigámos [...] e a sombra observa, reflecte e teme essa liberdade desprotegida"
Gilles Deleuze, Francis Bacon - A Lógica da Sensação
Prestes a entrar no século XXI e numa era fértil em narrativas escatológicas e teorias sobre o fim da história, consagrado pelo triunfo do capitalismo ocidental, Jacques Derrida cunhou o termo "Hantologie" (Espectros de Marx) - a manifestação ontológica de vestígios ideológicos e culturais que, vindos do passado, assombram o contexto presente, causando uma disjunção na passagem linear do tempo.
Partindo do conceito inaugurado por Derrida e ancorados na ideia de assombração, Mickael de Oliveira e Nuno M Cardoso assinam, depois de OSLO (2015), uma nova criação HANTOLOGIA, que se pretende um exercício espectral sobre a persistência de visões radicais e projeções utópicas que acabaram por falhar e que, como fantasmas, assombram - ainda que a partir da ausência - a nossa contemporaneidade.
APRESENTAÇÃO
TEATRO ACADÉMICO DE GIL VICENTE (COIMBRA, PT)
4 DE DEZEMBRO DE 2019
Concepção e Encenação: Mickael de Oliveira e Nuno M Cardoso
Interpretação: Ana Sampaio e Maia, Camilla Morello, Catarina Luís e Joana Petiz
Acompanhamento Artístico: Marta Bernardes
Dramaturgia: Maria Inês Marques
Sonoplastia: Afonso Silva
Desenho de Luz: Rui Monteiro
Assistência ao desenho de luz: Teresa Antunes
Vídeo: Maria Leite
Direção Técnica: Luísa Osório
Registo vídeo: Fábio Coelho
Produção Executiva: Maria Inês Marques
Produção: Colectivo 84
Coprodução: TAGV
Apoios: DGArtes, AMANDA, Circolando, Nome Próprio, Teatro Experimental do Porto, Teatro Municipal do Porto